João Letras da Luz - agricultura sustentável e livre de carbono | podcast Santander
Mudar o mundo
Episódio 5

João Letras da Luz

20 dez 2021 | 10 min

Qual a relação entre um banco e um sistema agrícola livre de carbono? Saiba o que João Letras da Luz, do Gabinete da Presidência do Santander, tem a dizer.

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"Nós vemos as empresas clientes do Santander a quererem estar presentes no mundo onde o seu financiamento é um financiamento verde."

 

João Letras da Luz está ligado a projetos familiares, de agricultura e pecuária, com impacto relevante naquilo que é a diminuição da emissão de carbono para a atmosfera. Os projetos centrais baseiam-se na viticultura e na exploração pecuária.

 

Como reduzir a pegada de carbono na agricultura?

Acaba por ser um efeito positivo derivado de uma série de outras medidas implementadas para aumentar a rentabilidade dos projetos. Na viticultura é mais visível e resulta de medidas como a não mobilização de solos numa vinha.

 

Na típica exploração de vinhas, as chamadas entrelinhas das vinhas têm os solos mobilizados. A não mobilização dos solos consiste em deixar um coberto vegetal no meio das entrelinhas. Esse coberto é triturado e deixado em cima destas entrelinhas e isto tem várias vantagens:

 

  • aumenta o sequestro de carbono da atmosfera
  • contribui para a retenção de humidade nos solos
  • evita a erosão dos solos
  • permite fazer tratamentos que envolvam entrar com máquinas na vinha, durante o inverno, se houver necessidade

 

A não mobilização de solos permite ainda controlar a rega que é aplicada na vinha, o que permite controlar muito melhor o grau com que a uva depois é colhida. Ao provocar um stress hídrico controlado à planta, podemos influenciar não só a quantidade, mas a qualidade da uva que é vindimada. Mas há ainda uma lacuna nos incentivos estatais e fiscais disponíveis para empresários do setor agrícola que queiram produzir de forma mais sustentável.

 

NetZero: a estratégia do Santander para uma economia sustentável

Temos um compromisso de neutralidade carbónica em 2050, partilhado entre o Santander e governos e organismos europeus, por exemplo. É o objetivo que está definido e é bastante importante, mas a longo prazo.

 

Até lá, há uma série de outras medidas mais pequenas que têm de ser levadas a cabo para conseguirmos atingir esse objetivo como, por exemplo:

 

  • reduzir a exposição do Santander a produtoras de energia cujas receitas dependam em, pelo menos, 10% do carvão térmico
  • aumentar a nossa aposta em energias renováveis, financiando cada vez mais projetos neste setor

 

Esta tendência de impacto positivo no ambiente começa a chegar de forma muito forte aos nossos clientes. Vemos as empresas clientes do Santander querem estar presentes num mundo onde o seu financiamento é um financiamento verde.

 

Por outro lado, quando falamos de clientes maiores, clientes que já se financiam, por exemplo, por emissões de obrigações, acabam por ter uma pressão forte do lado da procura. Ou seja, os investidores que compram essa dívida começam a favorecer a dívida verde e a penalizar aquilo que é a chamada dívida brown.

 

E há ainda outro fator bastante importante, que acaba por ser dos mais preponderantes na forma como o setor da banca vai atuar perante esta transição, que tem a ver com os reguladores.

 

O que dizem os responsáveis do Santander pelo mundo

“As alterações climáticas são uma emergência global. Sendo um banco com 148 milhões de clientes em todo o mundo, temos a responsabilidade e uma oportunidade para apoiar a transição verde e para encorajar mais pessoas e empresas a ser ecológicas.” - Ana Botín, Espanha

 

“Todos nós temos de mudar. Mudar a forma como gerimos os nossos negócios, como vivemos as nossas vidas, como fazemos coisas muito simples e práticas como aquecer a nossa casa. E essa mudança tem de começar agora mesmo.” - George Bridges, Reino Unido

 

“O Santander tem a ambição de alcançar zero emissões líquidas de carbono em todo o grupo em 2050. É uma decisão corajosa, que vai exigir trabalho de muitas equipas: riscos, negócio, dados, serviço de estudos, banca responsável.

O banco anunciou os seus primeiros objetivos de descarbonização - são 3. O primeiro, para 2030: o Santander alinhará a sua carteira de geração de energia elétrica com os objetivos de Paris. O segundo: deixaremos de prestar serviços financeiros a clientes de geração de energia elétrica cujas receitas dependam em mais de 10% do carvão térmico. E o terceiro: o banco eliminará por completo a sua exposição à mineração de carvão térmico em todo o mundo.” - Lara de Mesa, Espanha

 

“Estamos a alinhar a carteira do Santander para cumprir com os objetivos do Acordo de Paris. Para o conseguir, vamos reforçar as nossas informações relacionadas com o clima, atualizar as nossas políticas ambientais e sociais em relação às atividades restringidas e proibidas e aos setores com elevados níveis de emissões, tais como a energia, metalurgia e mineração e soft commodities.” - Georgina Ferro, Reino Unido

 

É essencial que se coordenem esforços para que se difunda informação de forma bastante mais forte do que o que acontece hoje em dia. E é essencial um esforço por parte do governo e de reguladores para se criarem os incentivos certos.

 

É importante o foco em setores específicos, que devem ter alguma relevância neste momento de transição e de necessidade de adaptação para novas técnicas e mecanismos, de forma a diminuírem o impacto ambiental.

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“Mudar o Mundo” é o novo podcast do Santander sobre iniciativas sustentáveis que transformam a nossa sociedade.

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